Relembrando minhas antigas Placas de Vídeo (GPUs)

Todas as GPUs que eu usei no meu PC


Muitas vezes, com o rápido avançar da tecnologia, dificilmente olhamos para trás, pensando no antigo. Claro, isso pode ser diferente para uma comunidade como a de consoles caseiros de video game, onde os softwares dependem das plataformas para as quais foram designadas, então há um cuidado nessa preservação e uma procura também. Mas quando se trata de hardware para PCs, quem realmente quer voltar a usar alguma peça obsoleta?


Recentemente meu computador apresentou problemas na placa-mãe mais uma vez, e após tantos reparos e outras dores de cabeça, decidi que finalmente era hora de aposentar o velho soldado, após cerca de 11 anos de serviço. De 2007 até março de 2018, o que sobrou da máquina original foram a placa-mãe (uma Asus P5LD2-X), o processador e cooler original (um Pentium Dual Core E2180), e as caixas de som (que também tenho que substituir). Mas uma parte que eu mudei bastante e sempre fui muito cuidadoso foram com as minhas placa de vídeo, afinal, que criança ganharia um PC novinho e não o usaria para jogar?

Isso não é nada realmente pre-histórico, não é algo fantástico e curioso como as peças apresentadas em programas como o Lazy Game Reviews do YouTube, mas de qualquer forma são parte da história das GPUs, né? Parte da história dos video games de certa forma, e da minha história com eles. Eu queria mesmo escrever sobre essas minhas experiências e deixar registrado isso.

Eu ainda tenho guardado todas as minhas placas de vídeo, incluindo os discos de drivers originais. Infelizmente as caixas e manuais se foram com o tempo.


A GeForce 7300GS da MyMax foi minha primeira GPU, ela veio junto com meu primeiro computador.

Não quero ser muito técnico aqui e nem analisar essas peças, apenas contar minhas experiências pessoais com elas ao longo dos anos.

Essa peça tinha 256 MB de VRAM, e saídas VGA, DVI e S-vídeo.


Isso foi no final de 2007. Para jogos menos intensivos que eu costumava jogar na minha máquina na época, como GTA Vice City e San Andreas, essa placa aguentava bem, mas ela começou a mostrar suas limitações foi com jogos como Eragon, que eu gostava demais, mas ficava engasgando demais. Essa época meu PC devia ter 2 GB de RAM 667. Tive de trocar essa placa porque os capacitores estouraram, todos eles. Engraçado que, enquanto pesquisava sobre essa peça na internet, achei uma imagem dessa mesmíssima peça em outro blog com o mesmíssimo problema em 2008. Me pergunto se isso era uma falha comum nessas placas...


Em 2008 eu movi para a GeForce 9400GT da Point of View. E é, você só verá placas da Nvidia aqui. Depois de tantos anos usando GPUs dessa fabricante, eu já me acostumei com a funcionalidade delas, mudar para a AMD me forçaria a ter que reaprender um monte de coisa, então talvez no futuro...

Voltando ao assunto, essa 9400GT tinha 1 GB de VRAM DDR2. Engraçado é que se você procurar em foruns de usuários na internet, você encontrará muita gente que diz que essa GPU não foi feita para jogos, e sim para edição de imagens e reprodução de vídeos em HD. E talvez isso seja verdade mesmo, a página da peça no site da Nvidia dá mais destaque a sua funções multimídia do que para com os jogos. Mas essa era uma "plaquinha guerreira", como essa pessoal gostava de apontar. Me lembro que apenas mudando para essa GPU eu tinha um acrecimento tremendo na performance do Eragon. Consegui jogar jogos como Spore (embora ainda apresentasse Lag em algumas cenas), mas jogos mais pesados como Far Cry 2 ainda era difíceis de serem jogados, mesmo com tudo no Low. Levaria alguns anos ainda até que eu pudesse zerar esse aí.


Mas essa 9400GT aguentou o tranco bem até 2012, quando fiz a transição do Windows XP Professional para o 7 Ultimate. Não que a placa tenha deixa de funcionar no novo sistema operacional, e o PC ainda era o mesmo. Consegui até experimentar algumas coisas mais modernas na época. O Aero do Windows 7 funcionava sem problemas na máquina. Meu irmão e eu estávamos vidrados num joguinho chamado Minecraft que estava explodindo em popularidade naquela época, e esse jogo realmente levou nosso PC aos limites. Talvez tanto até que a ventoinha da placa queimou (por isso o meio dela está escuro). 

Então, mesmo com a peça ainda funcionando, era uma questão de tempo até que a peça superaquecesse e desligasse o PC ou causasse uma tela azul. Usar o PC só para algumas funções básicas como edição de texto e navegação na internet era tranquilo, mas inicializar qualquer aplicação 3D, como jogos, fazia a placa esquentar demais, então me vi forçado a aposentar minha 9400GT.



Eu na verdade queria era a 9800GT, já que a 9400GT já era bem velhinha em 2012, mas como não consegui achar essa placa em nenhuma loja de informática na época, levei a GeForce 9500GT da Zogis, que tinha 1 GB de VRAM DDR3.



Ela é muito parecida com a 9400GT da Point of View, tem até as mesmas saídas.

Eu gostava da cor, sempre achei que o preto na peça deixava meu PC com um visual mais "sério". Apesar das similaridades, a 9500GT era sim uma placa de vídeo mais designadas para jogos. Embora já bem velhinha no mercado quando eu comprei a minha, essa aí durou bastante comigo, foi até março de 2018, e não porque ela apresentou defeito, e sim, porque eu mudei meu PC inteiro e não poderia ficar com garga-lo, e nem os drivers mais recentes para ela funcionavam no Windows 10, na verdade eles nem instalavam.

A introdução da Steam nas vidas minha e do meu irmão foi um grande game changer, pois permitiu que nós tivéssemos mais acesso a muitos jogos que antes só víamos por gameplays no YouTube, e sim, eu achava mais fácil pagar pelo jogo original na Steam do que procurar um pirata. Mas ficava claro que essa placa não poderia nos entregar o que queríamos sempre, ou o nosso PC antigo, que já beirava os 10 anos de vida.



Rejoguei alguns títulos do início da vida do meu primeiro PC em versão definitivas, como Age of Empires II HD e o Titan Quest da Steam. Mas para jogos mais recentes que meu insistia em testar, como Lighting Returns e Tomb Raider, ficava claro que se quiséssemos mesmo experimentar tudo o que queríamos, teriamos que mudar de máquina. Sonic Generations era um jogo que eu sempre quis jogar, e eu só conseguia por meio do Low End Mod, e parecia que quanto mais eu jogava, pior o desempenho do jogo ficava. Estranhamente esse meu PC com essa placa aguentaram rodar o Tomb Raider até que bem do início ao fim, crashando apenas uma única vez no final do jogo, mas eu e meu irmão zeramos cada um esse jogo, tudo no low e em fullscreen 720p. Mesmo assim eu ainda achei o jogo lindo demais, e fiz questão de tirar várias screenshots. Infelizmente essas imagens foram perdidas junto com o outro PC, a Steam por algum motivo não salvou elas.

Aliás, qual é a desses adesivos gigantes?




Uma coisa que eu reparei é como que manuais de instrução são cada vez menos frequentes nas caixas dessas peças. Minha 9400GT tinha um livro explicando muitas coisas, já a 9500GT tinha um papel que era geral para várias peças, e a minha nova GPU, uma GT 1030 da Galax, foi a mesma coisa. Geralmente esse panfletos não ajudam em nada. Se eles esperam que todos nós procuremos o PDF dos manuais na internet ou instruções no site dos fabricantes, então porque ainda insistem em colocar nas caixas os discos com os drivers?! Quase sempre esses drivers nos CDs que vem com as peças são super ultrapassados, você certamente irá baixar o driver mais recente ou um melhor da internet.






Eu gostei do contraste de branco no preto

Enfim, é isso. Atualmente estou usando uma GeForce GT 1030 da Galax, o modelo com 2 GB de VRAM. Embora seja uma GPU low end recente, é uma ótima opção custo-benefício para quem não pode ou não quer pagar caro numa GPU nova. Ela é pequena, não ocupa muito espaço no gabinete, tem suporte à APIs recentes como DirectX 12 e Vulkan, gera pouco calor (até a ventoinha dela é pequena), consome pouca energia, e consegue gerar imagens 4K. Pela primeira vez sinto que posso rodar tudo o que quiser, uma pena que agora eu já não ligue tanto para jogos ou não tenha tanto tempo livre.

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